O populismo inserido na ideologia brasileira
- jornal360vergueiro
- 4 de nov. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de nov. de 2020
Um breve artigo sobre a rotatividade ideológica no governo
Por Igor Nathan e Gustavo Precrimo
Em “O Príncipe” Maquiavel diz: “Uma mudança sempre deixa lançada a base para a ereção de outra”. No Brasil mudanças são constantes, seja no espectro político ou em qualquer conjuntura social. Mudanças quais possuem um comportamento radical dentro da história dos governos brasileiros.
Todas as eras da república brasileira tiveram suas características marcantes. Porém talvez a que mais seja lembrada é a “República Populista” de 1930 a 1964. Dentro desse período existe a base para a ereção do nosso atual momento ideológico.
Segundo o historiador Marcos Napolitano o populismo é resumido em 4 de suas consequências. A relação direta e não institucionalizada entre o líder e as massas, forte nacionalismo econômico e defesa da união das massas, liderança política baseada no carisma pessoal e na rede de clientelismo e um frágil sistema partidário.
A soma de todas essas características resulta na oscilação de ideologias dominantes no país, como vemos nas décadas recentes. A rotatividade ideológica dentro do governo costuma ser rotulada como uma luta entre direita e esquerda.
O debate entre direita e esquerda tem sido o principal assunto no cenário atual. Mesmo que o conceito que determina o significado dessas vertentes nunca esteve realmente fixo. O conceito criado na revolução francesa já não representa o que chamamos de direita ou esquerda hoje em dia, e isso é um fato.
São criados arquétipos onde partidos se identificam com uma linha de pensamento onde acreditam que está dentro de um segmento ideológico, e assim esse partido é rotulado. Claro que existem diferentes visões sobre qual caminho a sociedade deve tomar para o progresso, mas isso não significa exatamente que é um caminho bifurcado.
Essa confusão é visível dentro do congresso. Muitos dos deputados já eleitos determinam sua linha de pensamento dentro dos arquétipos mencionados antes e acreditam estarem seguindo a ideologia do partido vinculado. O que muitas vezes acontece de o próprio partido não concordar com a visão do candidato. Tal confusão se expande entre jornalistas e eleitores em geral.

Reprodução: Twitter
Não é fácil tirar qualquer conclusão diante de todo esse caos ideológico. Nem mesmo previsões são possíveis. Em meio a tantas culturas que esse país abriga, o populismo sempre prevalecerá. O carisma sempre vai ser o ponto fraco do brasileiro. E seu ponto forte juntamente.
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