Micro e pequenos empresários precisaram se adaptar a nova realidade para não fechar empresas
- jornal360vergueiro
- 6 de nov. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de nov. de 2020
Após ruptura de grande magnitude econômica, empresários se adaptam e reinventam seus negócios para sobreviver à crise
Por Bruna Teles e Renata Santos

Gelson Silva Santos / Foto: Pedro Cassiano
A pandemia do novo coronavírus mudou a realidade de milhares de empresas no mundo todo. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 8,4 milhões de brasileiros estavam trabalhando de casa até o fim do mês de julho. O setor alimentício, segundo fontes do Sebrae, também passou por mudanças. 72% desses negócios adotaram o delivery como solução.
Esse foi o caso de Gelson Santos, proprietário de uma lanchonete na Liberdade, que passou a fazer entregas delivery para sobreviver à crise. Esse meio, que antes da pandemia correspondia a 10% de suas entregas, agora é 70% delas.
Letícia Ferreira, CEO da LFCapacitando, empresa de capacitação de pessoas, também precisou mudar a maneira que atendia seus clientes devido à pandemia do novo coronavírus. Antes, a empresária ia até as empresas para dar palestras e fazer treinamentos, mas o período de quarentena exigiu que Letícia recorresse a outro meio para fazer seu trabalho.
Depois da mudança, Letícia pretende continuar com a maioria de seus atendimentos online, trabalhando em home office pós pandemia, já que os clientes têm um maior conforto. “A pessoa tem maior comodidade sem o incômodo de enfrentar o trânsito. Presencial já não compensa mais devido a essa facilidade e o resultado [do treinamento] ser o mesmo”, diz a empresária.
Leticia e Gelson relatam que não foram tão prejudicados pela pandemia por terem um planejamento para crises, mas esse não foi o caso de 92,2% dos micro e pequenos empreendimentos.
Micro e pequenos empreendimentos foram um dos mais afetados pela pandemia
Segundo dados do IBGE, quatro em cada dez empresas que tiveram suas atividades interrompidas na primeira quinzena de julho fecharam por conta da pandemia do coronavírus. 99,2% desses negócios que encerraram suas atividades eram de pequeno porte.
Muitos dessas empresas tiveram que fechar ou fazer corte de pessoal por não ter verba o suficiente para manter seus funcionários e suas atividades, o que gerou um colapso na economia brasileira, visto que cerca de 27% do PIB brasileiro e 52% das contratações informais são geradas pelas pequenas empresas.
Uma opção adotada pelo Governo Federal foi a criação de políticas públicas que auxiliassem essas empresas. Felipe Tavares, coordenador geral de monitoramento de resultados econômicos no Ministério da Economia, cita o Fundo de Garantia de Operações (FGO), o Fundo Garantidor para Investimentos (FGI) e o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (PRONAMPE), que auxiliam e dão garantias aos micro e pequenos empreendedores no acesso a crédito para enfrentar a crise.







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