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Cortes e gastos da renda familiar mudam no período de isolamento

  • jornal360vergueiro
  • 6 de nov. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 8 de nov. de 2020

As consequências do impacto econômico global resvalaram abruptamente na casa das famílias brasileiras

Por Jonas Ramos, José Gustavo Messias e Pamela Nóbrega

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Situação econômica grave - Foto: Artur Moês (Coordcom/UFRJ)

Durante o período de pandemia e isolamento social é fato que houve um prejuízo financeiro no geral, este acontecimento afetou a economia em escala global e o orçamento da maioria das famílias teve de ser reduzido ao mesmo tempo que muitos gastos aumentaram, redefinindo a forma que essas famílias lidam com o planejamento e orçamento familiar.

Goreti Nogueira Ramos, de 49 anos, tinha um emprego fixo como cozinheira há 4 anos de carteira assinada, com uma renda suficiente para suprir todas as necessidades, mas acabou perdendo esse emprego no período de pandemia. No momento, Goreti está realizando trabalhos informais para continuar tendo uma renda. Segundo ela: “Era mais fácil estabelecer um orçamento e manter a vida financeira organizada quando tinha uma renda fixa. Tenho uma filha que antes do isolamento almoçava na escola, enquanto eu almoçava no trabalho; nesse sentido, as despesas com refeições subiram, além da maior frequência do uso de eletrodomésticos que também tornaram as despesas de casa maiores”. No caso de Goreti, não houve a possibilidade de economizar em nenhuma área. 

Já Karina Santos, de 21 anos, conseguiu ser contratada como operadora de telemarketing justamente no período de crise e está trabalhando em regime home office, por isso, conseguiu ter um pequeno aumento de renda e foi possível obter um corte de gastos com o transporte, sendo assim, houve uma economia de gastos nesse aspecto. O IBGE aponta um leve crescimento no número de ocupados (82,341 milhões) nas primeiras semanas do mês de setembro em relação ao mês anterior, a diferença é de 167 mil empregados, trabalho por conta própria, empregadores, servidores e etc.

Felipe Tavares, coordenador geral de monitoramento de resultados econômicos que trabalha na Secretaria de Desenvolvimento de Infraestrutura do Ministério da Economia do atual governo, diz que evitaram ao máximo que as pessoas perdessem o emprego com as flexibilizações do trabalho, utilizaram a possibilidade de renegociar salários, jornadas e assim por diante, diminuindo encargos e flexibilizando Home Office. 

Entretanto, em relação à criação de empregos, ele admite que o governo não faz políticas pontuais para gerar postos de trabalho. Alerta que o Brasil já tentou utilizar essa estratégia e ela não foi bem sucedida. E explica que, “o que estão tentando fazer é simplificar a forma de contratação, diminuindo os encargos da carteira de forma fiscalmente responsável, para que as empresas não tenham mais as restrições geradas pelos custos das contratações e das demissões."

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