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Apesar da pandemia, supermercados registram aglomerações na cidade de SP

  • jornal360vergueiro
  • 6 de nov. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 8 de nov. de 2020

Além disso, pontos de comércios populares no centro têm lotações causando congestionamento 

Por Ana Flavia, Letícia Bueno e Tallita Rodrigues

Foto: Luís Moura/Folhapress


Desde o início da pandemia, em março deste ano, as aglomerações foram proibidas no estado de São Paulo, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), mas muitos consumidores não estão respeitando as orientações para manter o distanciamento.


Em alguns mercados da Zona Norte de São Paulo as filas são enormes, e dificilmente os clientes mantêm a distância mínima de um metro, o que aumenta a chance propagação do vírus.  


O Sonda Supermercados é um dos poucos estabelecimentos que adotaram medidas como disponibilização de álcool em gel, marcações para o distanciamento das pessoas, limitações de clientes dentro das lojas e aumento das vendas online. 


A operadora de telemarketing Ariana Majorie, cliente do supermercado há mais de dez anos, contudo, não se sente segura comprando na loja física porque muitas pessoas não estão tomando as devidas precauções. “Eles preferem o custo benefício de comprar fisicamente, mas e o custo de arriscar a própria vida e a vida de outras pessoas?“, questiona Ariana. 


Carla Borges, que há um ano trabalha como caixa de supermercado na Zona Norte de São Paulo, explica as mudanças que o supermercado tem proporcionado para os funcionários.  “O mercado nos proporcionou viseira, álcool em gel, luvas, de forma que eu me sinto segura trabalhando”, diz. 


A caixa confirma que muitos clientes não respeitam as normas, e que consomem alimentos dentro do estabelecimento. “De que adianta a higienização se o cliente abre o alimento e tira a máscara?”, questiona Carla. 


Com a reabertura, os comércios considerados não essenciais também registraram aglomerações no centro de São Paulo. No Brás e na 25 de março, muitos “ambulantes” que trabalham nas ruas tiveram a vida financeira afetada. 


É o caso do ambulante José da Silva, de 48 anos, que trabalha há 30 na rua. Ele é chefe de família e tem quatro filhos. José vende roupas, e conta que os tempos estão difíceis, mas que espera que com as festas de final do ano as coisas melhorem. “A vida sempre foi difícil, mas depois da pandemia ela ficou mais complicada”, diz José, mostrando uma foto dos filhos. “Eu sempre carrego essa foto, para lembrar que tenho as minhas crianças, e continuar trabalhando”, finaliza.

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