A nova rotina da educação básica durante a quarentena
- jornal360vergueiro
- 7 de nov. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de nov. de 2020
Alunos, escolas e professores precisaram se adaptar ao ambiente virtual para a manutenção dos estudos
Por Karina Santos, Fernanda Florenzano e Giovana Aureliano
A pandemia da Covid-19 obrigou setores e pessoas a adaptarem-se para conter a disseminação da doença. Uma das medidas adotadas foi a imposição da quarentena e consequentemente a suspensão dos serviços não essenciais presenciais, e entre eles o sistema de ensino. Com a paralisação foram tomadas medidas para a manutenção das atividades e garantir a aprendizagem dos alunos mesmo que online. Para entender como o setor da educação básica se adaptou à nova rotina, ouvimos alguns professores e alunos sobre esse cenário.
Experiência e o trabalho dos professores
A professora e vice-diretora em colégio estadual de ensino médio Maria Rita Ferrarez Arbid conta que para garantir a aprendizagem a escola adotou, além do Centro de mídias (conteúdo produzido por especialistas e disponível a todos os alunos da rede estadual), aulas ao vivo pelo aplicativo Teams. Há também atividades através do Google Classroom e os alunos tiram dúvidas via aplicativo de mensagens. Para a professora Maria Rita, esse novo modelo de ensino trouxe alguns benefícios para alunos e professores: “O uso dessas tecnologias e recursos digitais não seria possível nas aulas presenciais, e além disso os alunos têm as atividades centralizadas, o que facilita a organização dos conteúdos.”
Eliana Bighetti de Carvalho Oliva, pedagoga e professora em EMEF (Escola Municipal de Educação Fundamental) e EMEI (Escola Municipal de Educação Infantil), relata que para garantir o acesso dos alunos aos conteúdos, as escolas têm produzido kits de atividades impressos que são retirados nas escolas pelos responsáveis e posteriormente devolvidos para correção. Também são realizados encontros online de suporte aos pais e plantão via aplicativos de mensagens. Segundo a pedagoga, “para a educação infantil as aulas são gravadas e são produzidos vídeos com contação de histórias, vivências, brincadeiras, etc. e disponíveis em plataforma digital"

Professora Eliana Durante aula online/ Foto Reprodução
Tanto Maria Rita como Eliana relatam que a maior dificuldade enfrentada é o desinteresse e consequentemente a evasão escolar, o que exige dos professores a criação de estratégias que envolvam os alunos, acompanhamento do acesso aos materiais impressos e online e por vezes fazer contato com os responsáveis.
Perspectiva e expectativa dos alunos
Os alunos relataram terem recebido regularmente os conteúdos e atividades das aulas remotamente e que tiveram suporte dos professores para esclarecer dúvidas. Porém foi unânime também a opinião de que teriam aprendido mais e melhor se estivessem em sala de aula. Existe agora uma grande expectativa para o retorno às aulas presenciais e as mudanças que eles esperam acontecer. Julia dos Anjos Aureliano, 16 anos, é uma das alunas que aguardam esse retorno. “Espero que os alunos comecem a dar mais valor na escola, colegas, professores e funcionários.” Moyra Molon, 15 anos, diz: “Espero aprender as coisas que deixei de aprender esse ano.”
Ainda não há data para o retorno às aulas presenciais de maneira integral e o governo do estado estuda a possibilidade de integrar os anos letivos de 2020 e 2021 para minimizar possíveis prejuízos causados pelo ensino remoto.







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