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Setor aéreo vive os efeitos da pandemia do novo coronavírus

  • jornal360vergueiro
  • 4 de nov. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 8 de nov. de 2020

Segundo a Anac, quantidade de passageiros em aviões comerciais este ano foi quase 100% menor que em 2019

Por Gabriela Railo e João Victor Marcelino

Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou estado de pandemia, em março deste ano, a indústria do turismo no Brasil vem sofrendo grandes impactos. Com a paralisação das atividades turísticas no país, as companhias aéreas foram as primeiras a sentirem as consequências das restrições impostas pelo vírus da COVID-19.


Foto: Ellen Jenni

O fechamento de fronteiras e o cancelamento massivo de vôos fez com que as companhias aéreas entrassem em crise e tivessem que diminuir o seu quadro de funcionários a fim de resistir ao período de recessão econômica que se iniciou. “Não imaginava que essa pandemia fosse tão longa e que fosse tomar essa proporção, a ponto de afetar as empresas em geral”, diz Gislene Aparecida das Graças de Oliveira, 31 anos, que trabalhava na Latam Airlines Brasil, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.


Ela prestava atendimento no balcão da companhia aérea, realizando check-in e auxiliando no embarque e desembarque de passageiros, e exerceu essa função durante um período de seis anos até ser desligada da empresa em meados deste ano. “Mesmo não entrando receita durante esse período, acredito que eles (Latam) se precipitaram nos cortes de funcionários. Muitas das propostas que eles fizeram para os funcionários acabaram não sendo cumpridas, o que alterou os acordos que foram aprovados em sindicatos”, afirmou. Tentamos contato com a empresa para que houvesse esclarecimentos acerca dessa acusação, mas não houve nenhum retorno.


As companhias aéreas vêm buscando novas maneiras de se reestruturarem e o setor está caminhando para uma lenta recuperação após ter uma queda de 93% na demanda por passagens aéreas. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), em abril deste ano, a quantidade de passageiros transportados foi 95% menor do que registrado nesse mesmo mês em 2019, ano que registrou um marco histórico de incríveis 119,4 milhões na venda de passagens aéreas.  


Mesmo sem nenhuma vacina com eficácia comprovada, algumas pessoas já se sentem seguras para viajar novamente, como é o caso de Patrícia Barros, uma turista que tem o costume de viajar pelo menos duas vezes ao ano, para um destino nacional e um internacional. Em outubro, ela estava em um resort no Nordeste e afirmou: “Me sinto muito segura, existem algumas limitações e o time de funcionários está reduzido, mas estou aproveitando”.

Já Mônica Palazini Ferreira da Silva, também turista, informou que se sente segura de viajar dependendo do lugar para onde irá. “Recentemente viajei de carro, pois achei mais seguro. Fui até Bagé, no Rio Grande do Sul, e passei o dia em Rivera, no Uruguai. Ambos os lugares isolados e com todas as medidas de segurança”, disse. 


De forma gradativa e seguindo os rigorosos protocolos e medidas de segurança, as companhias aéreas seguem com a retomada de suas antigas rotinas de voo no Brasil e se planejam para a retomada das rotas internacionais. Cássia Pompeia, de 49 anos, trabalha com pacotes de viagens e informou que está havendo muita consulta de destinos no exterior para 2021, mas ainda há um grande número de pessoas com receio de viajar antes da vacina. Ao ser questionada se as pessoas estão evitando países que tiveram altos índices da Covid-19, principalmente os que foram mostrados diariamente nas mídias, ela informa que as buscas de destinos estão iguais às de sempre, ou seja, relativamente normal.


Com um plano de vacinação já em vista, espera-se que 2021 traga um pouco de alívio para o turismo como um todo, principalmente o setor aéreo. 

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